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Criaturas autoprogramáveis. Por Dr. Nilton Kasctin Dos Santos (Promotor de Justiça e Professor)
Por Rádio JB
Publicado em 28/09/2025 21:51
Opinião

A Ciência já comprovou que o cérebro humano é biologicamente idêntico em todas as pessoas. Todavia, no que diz respeito ao seu conteúdo, às informações nele gravadas, não existe no mundo inteiro uma só pessoa que tenha o cérebro igual ao de outra. No livro-klipping “A Essência do Sucesso”, da série Coleção Pensamentos de Sabedoria (Editora Martin Claret, 1997, pp. 5/6), encontrei uma coisa interessante: “Nosso cérebro - o nosso hardware (a máquina) – é mais ou menos igual em todas as pessoas. A grande diferença, que faz a diferença, é o que está gravado ou programado no cérebro, isto é, o nosso software (o programa). Explicando de uma maneira simplificada, você tem três tipos de programação: 1º) a programação genética; 2º) a programação sociocultural (família, amigos, escola, trabalho, líderes espirituais e políticos, livros, cinema, TV etc.); 3º) a autoprogramação ou a programação feita por você em você mesmo. Sobre a primeira programação você não tem nenhum controle; sobre a segunda, tem controle parcial; e na terceira programação você tem controle total. É fundamental que você saiba, conscientemente, controlar o terceiro tipo de programação, ou seja, a autoprogramação”. Todos os animais não humanos (que denominamos irracionais) possuem uma memória genética incrivelmente desenvolvida. Os mamíferos conseguem mamar e até mesmo caminhar já antes de completar a primeira hora de vida. Que diferença dos seres humanos, que de regra não conseguem parar em pé e caminhar antes de um ano de idade, isso com muita ajuda dos adultos. E não sobrevivem se não existir um adulto que coloque o mamá dentro da boca do bebê! A maioria das aves também já sabem procurar seu alimento nos primeiros minutos de vida e, mesmo sem nunca terem visto um predador, sabem exatamente como defender-se no perigo. Basta apenas um piado ou a sombra do voo do gavião para que um pintinho ou um filhote de perdiz se oculte na relva ou debaixo de sua mãe, com extrema rapidez. Os peixes chegam a nadar milhares de quilômetros para desovar exatamente no local onde nasceram, às vezes há dois ou três anos antes. Tudo isso tem a ver com memória (programação) genética. Mas nenhum animal é capaz de programar seu cérebro para o futuro. Pode até aprender algum comportamento novo a partir do meio onde vive (com humanos ou outros animais), mas é totalmente incapaz de autoprogramar-se por conta própria. Com os seres humanos acontece o contrário. Apesar de termos uma péssima memória genética, podemos programar em nossa mente o que queremos do futuro. Os animais não humanos já nascem completos, sabendo tudo para a vida toda; os humanos, ao nascerem, nada sabem e nada podem. Em compensação, temos a dádiva divina de poder construir lentamente nossa personalidade, nosso caráter, nossa cultura, enfim, programar o futuro que sonhamos. E o mais importante é que podemos começar esse processo em qualquer fase da vida, não importa se temos cinco, vinte ou oitenta anos de idade. Melhor seria começarmos bem cedo, mas a verdade é que a programação ou a reprogramação da nossa vida sempre nos trará benefícios, em qualquer época. Mas por onde começar? Estamos falando em programar nosso cérebro. Logo, a primeira coisa que devemos fazer para mudar o futuro para melhor é parar um pouco e imaginar. Botar o cérebro para funcionar. Ou seja, construir em pensamento uma imagem, um quadro, um retrato daquilo que gostaríamos de ser mais adiante. Isso também pode ser chamado de sonho. O passo seguinte é buscar a realização desse sonho, a concretização dessa imagem que construímos sobre o futuro. Se não fizermos essas duas coisas (sonhar e depois buscar a realização do sonho), seremos as pessoas mais desgraçadas do mundo, não valeu a pena ter nascido (continua em edição posterior). Por Dr. Nilton Kasctin Dos Santos (Promotor de Justiça e Professor) Imagem: Gemini / Rádio JB

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