O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou, em nota divulgada nesta terça-feira (23/12), que manteve reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para discutir exclusivamente os efeitos da Lei Magnitsky, aplicada contra o magistrado e membros de sua família pelo governo dos Estados Unidos.
Segundo a nota, Moraes esclarece que, em razão da aplicação da lei, também recebeu para reuniões a presidente do Banco do Brasil, além do presidente e do vice-presidente jurídico do Banco Itaú. O ministro informou ainda que participou de um encontro conjunto com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, da Febraban, do BTG, além dos vice-presidentes do Santander e do Itaú.
De acordo com o comunicado, todos os encontros trataram exclusivamente das “graves consequências da aplicação da referida lei”, com foco especial na possibilidade de manutenção de movimentações bancárias, contas correntes, cartões de crédito e débito.
A manifestação do ministro é uma resposta à reportagem da colunista Malu Gaspar, publicada em seu blog no jornal O Globo. Segundo a jornalista, Moraes teria procurado ao menos quatro vezes o presidente do Banco Central para interceder em favor do Banco Master, pertencente ao empresário Daniel Vorcaro — sendo três encontros presenciais e um por telefone.
Após a divulgação da reportagem, parlamentares passaram a discutir a coleta de assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Banco Master.