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PT e MDB oficializam pré-candidaturas e elevam tensão na corrida pelo Palácio Piratini
Por Rádio JB
Publicado em 03/12/2025 16:44
Rio Grande do Sul

O cenário político gaúcho ganhou força no fim de semana com o lançamento oficial de duas pré-candidaturas centrais para a disputa ao governo do Rio Grande do Sul em 2026. No domingo (30), o PT confirmou o nome de Edegar Pretto, ex-deputado estadual e atual chefe da Conab. Já no sábado (29), o MDB formalizou a pré-candidatura do vice-governador Gabriel Souza, em um evento que reuniu mais de 2 mil apoiadores.

Para o PT, a aposta em Pretto representa a tentativa de retomar o comando do Palácio Piratini após a disputa apertada de 2022, quando o petista ficou a apenas 2.441 votos de avançar ao segundo turno. A estratégia da sigla envolve reforçar presença no interior gaúcho, região onde Pretto tem concentrado agendas e ampliado alianças.

No MDB, a escolha por Gabriel Souza busca consolidar a continuidade do atual governo, mantendo a base aliada unida e evitando dispersões internas. A sigla vê o vice-governador como um nome capaz de sustentar competitividade e dialogar com diferentes setores políticos.

Pesquisas apontam disputa acirrada

Levantamento do instituto Real Time Big Data indica que a eleição de 2026 tende a ser uma das mais acirradas dos últimos anos. O deputado federal Luciano Zucco (PL) lidera os cenários estimulados, com cerca de 26% a 27% das intenções de voto.

Na sequência aparecem Edegar Pretto (PT) e Juliana Brizola (PDT), ambos com aproximadamente 21%. Gabriel Souza (MDB) aparece em posição intermediária, com 13% a 14%.

Analistas destacam que o alto índice de indecisos e a fragmentação do eleitorado tornam o pleito completamente aberto. A capacidade de formar alianças e atrair apoio de partidos médios pode determinar quem seguirá competitivo até a reta final.

Articulações e disputa ao Senado entram no jogo

Além da corrida ao governo, a definição de candidaturas ao Senado deve influenciar diretamente as estratégias dos partidos. O anúncio dos nomes majoritários pode redesenhar alianças e impactar diretamente os rumos da disputa.

Para Pretto, o desafio será ampliar sua presença em setores estratégicos, tanto na capital quanto no interior. Já Gabriel Souza precisará consolidar sua imagem como sucessor natural da atual gestão e evitar desidratação da base emedebista.

O que esperar até 2026

A pouco mais de um ano das eleições, o ritmo das pré-campanhas tende a se intensificar. Atos públicos, encontros regionais, propaganda antecipada e movimentações de bastidores devem marcar a agenda política em toda a extensão do estado.

 

Especialistas afirmam que, em um ambiente volátil e sem favoritos absolutos, a força das coligações e a conquista do eleitor indeciso serão os elementos decisivos. O Rio Grande do Sul caminha para uma disputa histórica pelo Palácio Piratini — uma das mais competitivas da última década.

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